As professoras Roseli Aparecida Zeli de Mello, Célia Rosa Sanches Currales e com o apoio de outros professores desenvolveu o projeto bullying no período noturno (EJA).
Justificativa: A violência escolar hoje é considerada como um dos principais problemas do sistema educacional, não apenas no Brasil, mas em outros países também. A prática do bullying não é novidade na história das instituições brasileiras, o primeiro registro de morte de um aluno da Faculdade de Direito ocorreu em 1831. Os trotes universitários, por exemplo, ainda são pouco discutidos e só temos conhecimento daqueles casos que são veiculados pela mídia. Aos poucos, o tema despertou interesse no Brasil e em outros países, no Brasil os estudos sobre bullying datam de 2000, motivo pelo qual muitos ainda desconhecem sua gravidade e abrangência. Porém, apesar de presente no cotidiano de muitas escolas ela não deve ser tratada da mesma maneira em todas elas, como se todas as escolas vivessem os mesmos problemas igualmente. Cada região do Brasil, cada escola, possui suas especificidades, seus problemas, suas qualidades, portanto, não existe uma “única fórmula” que possa solucionar um problema tão complexo quanto este. A violência hoje é parte do nosso dia-a-dia de maneira direta, ou indireta. Podemos acompanhar pela média todo o tipo de informação alusiva a atos de violação à integridade física, psicológica, moral. Somos testemunhas de atos violentos na nossa comunidade, conhecemos pessoas que foram vítimas e também agressoras, nós também somos vítimas ou responsáveis por ações que deixam marcas físicas ou psicológicas. Por essa razão, tratar o tema violência na escola é de fundamental importância para proporcionar oportunidades de debates e formulação de propostas para superar os conflitos.
Objetivo: Trazer para a escola Alziro Lopes, a questão da violência escolar. Trata-se de promover oportunidades de reflexão e debate com os estudantes, de forma crítica e construtiva sobre um dos problemas que mais tem preocupado educadores, diretores de escolas, professores, funcionários, pais e alunos: o bullying. A proposta é que por meio da interação entre professores e alunos, as questões mais pertinentes ao meio escolar de cada um sejam discutidas de modo a produzir uma sensibilização para os problemas mais urgentes como a propiciar oportunidades de debate e formulação de propostas para superar os conflitos, advindos dos próprios estudantes. A conscientização dos próprios estudantes e professores como atores responsáveis pelos conflitos escolares é o primeiro passo para a transformação das relações sociais.
Metodologia: Parte l: Antes de falar em violência escolar, é necessário fazer um diagnóstico da situação vivida no contexto da comunidade da escola Alziro Lopes, para, somente então, partir para uma reflexão crítica. Para essa finalidade é sugerido uma espécie de levantamento dos conflitos vivenciados no espaço da nossa escola. Como proposta de sensibilização, será solicitada aos alunos que respondam individualmente, e sem identificação, a questões. Logo depois de terminado de preencher o questionário os formulários deverão ser entregues ao professor que aplicou, e em seguida as folhas deverão ser embaralhadas e distribuídas aleatoriamente entre os alunos. Depois os alunos deverão ser orientados a contabilizarem os resultados com o apoio do professor da sala de tecnologia (planilha excell). Ao final do exercício, construiremos uma tabela com o total para cada resposta e estabelecer juntos com os alunos, critérios para definir o grau de violência na escola. Teremos então definidos claramente de que tipo de violência estamos falando, a quem ela se dirige, e que conseqüências ela traz para o cotidiano da escola.
Parte 2:
Logo após essa sondagem, faremos a abertura do Projeto com alunos, professores, coordenação pedagógica, direção e demais funcionários da unidade escolar, com a exibição do filme “Bullying, provocações sem limites”, em seguida uma palestra esclarecendo o que é bullying, os atores, e conseqüências. É de fundamental importância que todos participem desse momento.
Parte 3: O próximo passo é discutir com os alunos a atitude violenta em relação a outros colegas. Para isso faremos o exercício do anexo II.
O objetivo desse exercício é provocar a reflexão sobre as ações violentas tomadas em relação aos colegas, mas que são consideradas inaceitáveis do ponto de vista individual, e de que forma essas atitudes podem gerar um círculo vicioso de violência no espaço escolar.
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